ARTIGOS E TEXTOS PUBLICADOS EM JORNAIS ESCRITOS POR PROFISSIONAIS DA EMEI-SÃO JOSÉ.



A INFÂNCIA: EDUCAR E CUIDAR NA ESCOLA E NA FAMÍLIA






A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham com crianças foi longo e difícil. Durante esse processo surge uma nova concepção de criança, totalmente diferente da visão tradicional. Se por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.

Essas mudanças originaram-se de novas exigências sociais e econômicas, conferindo à criança um papel de investimento futuro, esta passou a ser valorizada, portanto o seu atendimento teve que acompanhar os rumos da história. Sendo assim, a Educação Infantil de uma perspectiva assistencialista transforma-se em uma proposta pedagógica aliada ao cuidar, educar procurando atender a criança de forma integral, onde suas especificidades (psicológica, emocional, cognitiva, física, etc...) devem ser respeitadas.

A concepção de infância vem se construindo historicamente não se apresentando de forma homogênea, mas de acordo com a organização de cada sociedade e as estruturas sociais e econômicas em vigor. Assim as idéias a respeito do desenvolvimento infantil, da educação e do cuidado se modificam ao longo da história. A idéia de infância não existiu sempre, nem da mesma maneira, pois quando pensamos em infância, criança e educação infantil devemos considerar que a relação existente entre educação e sociedade e a visão que temos de infância e do lugar que a criança ocupa em nossa sociedade é fruto de longa construção histórica, durante a qual ela passou a ocupar um novo lugar social.

Até o século XVII a sociedade não dava muita atenção às crianças. devido às más condições sanitárias, a mortalidade infantil alcançava níveis alarmantes, por isso a criança era vista como um ser ao qual não se podia apegar, pois a qualquer momento ela poderia deixar de existir. Muitas não conseguiam ultrapassar a primeira infância. O índice de natalidade também era alto, o que ocasionava uma espécie de substituição das crianças mortas. Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que antes se dava na convivência das crianças com os adultos em suas tarefas cotidianas, passou a dar-se na escola.

A criança então sai do anonimato e lentamente ocupa um espaço de maior destaque na sociedade. Essa evolução traz modificações profundas em relação à educação, e esta teve que procurar atender as novas demandas que foram desencadeadas pela valorização da criança, pois a aprendizagem além da questão religiosa passou a ser um dos pilares no atendimento à criança, que hoje é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e sociais supridas.

Assim, a concepção da criança como um ser particular, com características bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na Educação Infantil, tornando o atendimento às crianças de 0 a 6 anos ainda mais específico, exigindo do educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as crianças pequenas, quais as suas necessidades enquanto criança e enquanto cidadão.

O pedagogo na educação infantil deve preocupar-se com a organização e aplicação de atividades que contribuam para o desenvolvimento da criança de 0 a 6 anos. Ele tem o papel de ajudar na formação da criança diariamente, para que o espaço da escola infantil seja lúdico e de aprendizagem oferecendo estratégias que irão ajudar a criança a desenvolver autonomia e criticidade dentro da realidade sócio cultural que a escola estiver inserida. Neste sentido, ele deve oferecer uma proposta pedagógica que tenha seus próprios pressupostos, uma concepção de infância que considera a criança se descobrindo como sujeito biológico, habitando em um universo em movimento permanente, onde cada um se movimenta, vive se descobre numa relação de conhecimento entra ela e o universo.



O que se percebe, no cotidiano da educação infantil, é que existe, ainda, uma grande distância entre o que se pretende e o que se realiza, o que se “quer fazer” e o que se “pode fazer.” A implementação de uma proposta de caráter educacional-pedagógico que possibilite às crianças a vivência digna dos seus direitos e se contraponha ao caráter assistencialista, espontaneísta ou compensatório de educação, exige, além da vontade dos educadores o comprometimento político pedagógico da instituição, das agências formadoras, dos governantes e dos pesquisadores que contam hoje com um vasto campo de investigação ainda em aberto, principalmente no que diz respeito à caracterização do trabalho realizado nas creches e pré-escolas.

Neste sentido, acredito que o momento atual exige que a Educação Infantil redimensione seu papel, mas também amplie seu campo de pesquisa de forma a melhor atender e delimitar as funções e objetivos destas instituições de caráter educativo que partilham com as famílias a responsabilidade de educar as crianças de 0 a 6 anos. Uma destas questões refere-se à rotina, estrutura entendida como sendo gerenciadora do tempo-espaço da creche e, que, muitas vezes, obedece a uma lógica institucionalizada nos padrões da pedagogia escolar que se impõe sobre as crianças e sobre os adultos que vivem grande parte do tempo de suas vidas nesta instituição.

Atualmente a criança ingressa nesta instituição a partir do terceiro mês de vida e permanece, em tempo integral, cada dia da sua infância, voltando para o convívio da família somente no final do dia. É importante dizer que a grande maioria das crianças pequenas que freqüentam esta instituição passa nela, aproximadamente, doze horas diária. O tempo de convívio com outras pessoas, outros objetos, outros espaços e outros tempos torna-se muito reduzido. Este dado revela que o tempo-espaço da creche exerce na vida da criança um papel fundamental e distinto dos demais tempos e espaços (escola, família, rua, entre outros), exigindo que seja pensado, discutido, refletido e pesquisado.

Neste sentido, a investigação sobre o caráter educacional pedagógico da Educação Infantil, a partir da rotina é uma necessidade que se coloca neste momento em que buscamos resignificar o seu papel social e construir sua identidade pela valorização dos tempos da criança, pelo resgate de seus direitos, das suas competências e dos saberes que lhe são próprios.

Esta investigação implicou reconhecer a relevância da creche como contexto coletivo de educação e compreender a criança como um ser social, cultural e histórico que possui raízes espaços-temporais desde que nasce, porque está situada no mundo e com o mundo. A partir da compreensão de que suas dimensões corporal, individual, cognitiva, afetiva constituem processos que se dão num todo, numa relação de reciprocidade e de complementaridade é que se faz necessário que o tempo e o espaço estejam organizados, respeitando a lógica do tempo e do espaço da vida humana nestas diversas dimensões.

A Educação Infantil vem se constituindo como um espaço de educação coletiva no mundo contemporâneo, cuja relevância não é possível ignorar. Se em outros tempos cabia à família cuidar e inserir seus filhos pequenos no universo da cultura, hoje com o processo crescente de industrialização e urbanização, com a inserção cada vez mais intensa da mulher no mercado de trabalho, parece ser a creche que cada vez mais partilha com a família esta tarefa.

Neste sentido, a investigação sobre o caráter educacional pedagógico da Educação Infantil, a partir da rotina é uma necessidade que se coloca neste momento em que buscamos resignificar o seu papel social e construir sua identidade pela valorização dos tempos da criança, pelo resgate de seus direitos, das suas competências e dos saberes que lhe são próprios.



ERACI TERESINHA ENGSTER

IEDA HECK KOCHEM




EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

A realidade do trânsito hoje nos assusta, pois diariamente convivemos com notícias sobre acidentes graves, que quando não levam a morte deixam seqüelas irreversíveis à suas vítimas. Neste sentido faz-se necessário uma mudança social e esta só será possível através da educação.

Sendo a Educação um ato público que deve promover desenvolvimento integral do ser humano, de forma sistemática também deve promover a educação para o trânsito, neste sentido as professoras do Jardim B da Escola Municipal de Educação Infantil São José, com o objetivo de sensibilizar os alunos para a realidade e os cuidados que cada um deve ter no trânsito, levando-os a exercer sua cidadania, conscientizando-os de seus direitos, deveres e responsabilidades, assim os alunos desenvolveram atividades práticas visando possibilitar o entendimento de como o mesmo funciona em nossa cidade.

Como educadoras precisamos criar condições para que cada aluno construa seu conhecimento, desenvolva suas potencialidades e as competências para a convivência na sociedade e nesta convivência o transito é fundamental.

Marli Engster


Com o objetivo de sensibilizar as crianças para um mundo mais humano e digno para todos, os alunos do jardim B, após estudar valores entre eles a partilha, a doação e a solidariedade, realizaram no dia 18 de agosto de 2011 um gesto concreto fazendo doação de roupas na Escola Municipal de Educação Infantil Sonho de Criança que repassará aos mais necessitados.


Ser solidário é dar com o coração e no gesto simples de doar uma roupa que não serve mais para uma criança carente, os alunos puderam perceber que ajudar ao próximo, ceder, doar não é algo penoso, mas um momento de alegria e satisfação pelo bem praticado.

Que este pequeno e simples gesto e agora possa se traduzir no amanhã em bondade e respeito aqueles que não têm as mesmas oportunidades que nós temos, contribuindo assim para uma sociedade e um mundo melhor.
Professora Marli Engster



EMEI-SÃO JOSÉ RECEBE EQUIPAMENTOS PARA INOVAR SUAS ATIVIDADES

A Escola Municipal de Educação Infantil São José recebeu da Secretaria Municipal de Educação um computador e um data show para inovar as atividades que a equipe já está desenvolvendo, para inaugurar o data show foi apresentada uma mensagem no encontro da Associação de Pais e do Conselho Escolar,que aconteceu na última segunda-feira dia 08 de agosto.


Para os alunos na segunda-feira dia 15/08/11 será apresentado como cinema o teatro da dengue “as aventuras do mosquito dengoso na família Buscapé” e as apresentações juninas que foram filmadas e reproduzidas em DVD. Assim as crianças se divertem e percebem a importância de todas as atividades desenvolvidas na Escola. O data show será disponibilizado para as professora para a realização de atividades atrativas e reuniões de planejamento, da mesma forma para a EMEI Sonho de Criança.

A Equipe Infantil São José e Sonho de Criança querem agradecer a Administração Municipal, em especial a Secretaria de Educação e a Coordenadora da Educação Infantil Márcia pela aquisição desses equipamentos e dizer da importância para as Escolas, pois na Educação Infantil é que se constrói a base para toda a formação do indivíduo, neste sentido pessoas que lutam e pensam na importância da Educação Infantil fazem a diferença.

Ieda Heck kochem


EDUCAÇÃO INFANTIL APRESENTA TEATRO DA DENGUE NA 3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA SAÚDE.




Com muita alegria que as Escolas Municipais de Educação Infantil receberam o convite para fazer parte do cronograma da conferência e apresentar a peça teatral “ As aventuras do Mosquito Dengoso na família Buscapé” e dizer que como foi abordado na conferência saúde pública começa lá em casa com cuidados educação, e saúde se faz quando todos se envolvem, quando família, escola e comunidade trabalham juntos para o bem de todos.

Como Educadores estamos desenvolvendo projetos que façam pensar e refletir sobre pequenos cuidados mas que no futuro trazem benefícios e fazem a diferença, não só na aprendizagem mas também na vida do indivíduo.

Projetos como nutrição, valores... são essenciais para que a criança se conscientize sobre os cuidados consigo mesma, com o outro e com a sociedade na qual está inserida, somente quando eu cuido de mim, do meu ambiente onde vivo( minha escola, meu quarto, minha casa, meu quintal...) eu vou conseguir cuidar, alertar os outros sobre a importância do bem viver, com educação, saúde e principalmente em harmonia com a natureza. Veja um relato dos pais e reflita?

“ Estamos fazendo o possível para evitar a proliferação do mosquito, cuidando para não deixar água acumulada em nenhum recipiente sem cloro ou bem tampado, deixando o pátio sempre limpo, livre de entulhos e lixo em geral. É muito bom as crianças aprender a ter esses cuidados desde agora, pois na idade que estão, eles dão mais valor ao que aprendem e acabam se acostumando, vira rotina ter cuidado. Achamos o projeto ótimo!”

“ Família e Escola juntos na luta contra a dengue”

Parabéns Equipe da Saúde e obrigado pela parceria.

Ieda Heck Kochem

EDUCAÇÃO INCLUSIVA UMA REALIDADE POSSÍVEL

Caminhando na construção de um sistema educacional inclusivo, transformando as políticas e práticas educacionais para assegurar o pleno acesso à educação de forma que todos os alunos possam aprender e participar com as demais pessoas de sua comunidade, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Boa Vista do Buricá, oportunizou as professoras da Educação Infantil e do Ensino Fundamental a participarem do Curso de ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – Novos Desafios na Organização da Educação Especial, realizado em Santo Ângelo, nos dias 09 e 10 de julho de 2010.

O curso foi ministrado por integrantes da Secretaria de Educação de Especial do MEC, sendo muito importante para o entendimento e funcionamento das salas ou centros de atendimento especializado nas escolas, uma vez que foram contempladas 20 mil escolas públicas com o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. “Fruto dos movimentos sociais que avançam, em nível internacional, a partir de referenciais filosóficos, políticos, legais e pedagógicos, em 2006. As Nações Unidas aprovaram a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, onde se destaca que a deficiência é um conceito em evolução e que resulta da interação entre as pessoas com deficiência e as barreiras, nas atitudes e nos ambientes, que impedem a sua plena participação na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”(Cartilha Fique por Dentro da Educação Inclusiva).

Sabe que ainda não há o entendimento necessário de que as pessoas com necessidades especiais são integrantes da sociedade, e como tal, precisam ter oportunidades para desenvolver seu potencial e suas capacidades saindo da segregação a que são submetidas. A transformação do ensino e das práticas pedagógicas é o caminho para que todos tenham oportunidades e possam aprender, e aprender de verdade, isto só será possível com um professor qualificado, pois é dele que depende toda a inclusão. O professor precisa estar comprometido com a escolarização, uma vez que esta é competência da Escola comum e não da Educação Especial.

O grande desafio é mudar o conceito de necessidades educacionais especiais e fazer com que haja a interação das características individuais de cada aluno no ambiente educacional e também no social. Cabe a nos educadores repensar nossos conceitos e práticas. Pense nisso...

Professora: Marli Engster



ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Todos sabem que para ter saúde precisamos nos alimentar bem. Na correria do dia-a-dia muitas vezes “comemos qualquer coisa”, embora saibamos que este não é um bom modo de nos alimentarmos.

Ensinar as crianças a ter hábitos alimentares saudáveis irão contribuir para que ela cresça e se desenvolva adequadamente, tendo boa saúde hoje e também no futuro, por isso é preciso comer diferentes tipos de alimentos todos os dias, nas quantidades certas, para receber os nutrientes necessários e indispensáveis a saúde.

Na Escola Municipal de Educação Infantil São José, a alimentação merece destaque, pois quanto mais cedo as crianças aprenderem a se alimentar de forma correta melhor, uma vez que os hábitos adquiridos na infância permanecem na vida adulta.

Neste sentido, a escola conta com orientação de nutricionista que elabora os cardápios (almoço e lanches) e realiza acompanhamento dos alunos. Nas turmas as professoras realizam atividades variadas, tais como:

 Teatro de fantoches;

 Contação de histórias relacionadas ao tema;

 Preparação de alimentos (sanduíche, salada de frutas, pães, mingau);

 Jogos e brincadeiras.
Professora: Marli Engster



ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL É SINÔNIMO DE SAÚDE!
A equipe das Escolas municipais de Educação Infantil São José e Sonho de Criança com o apoio da nutricionista e a colaboração dos pais está de parabéns por mais esta iniciativa. Como nos outros anos enfatizam que boa saúde depende de uma boa alimentação, e que, frutas, verduras, e o tradicional feijão com arroz traz tais benefícios. Nem sempre é fácil fazer com que as crianças gostem de comer verduras, frutas... Preferindo frituras e doces, as famosas “guloseimas”.

Para que as crianças saibam o valor e o beneficio da boa alimentação o cardápio é bem variado com todos os nutrientes, preparado com muito cuidado para ser, gostoso e nutritivo. Além disso, sempre na última sexta-feira de cada mês a escola organiza o lanche coletivo, momento esse em que a criança traz o lanche de sua preferência e compartilha com seus colegas.

Assim sendo, todos aprendem que a boa alimentação é fundamental para o crescimento e o aprendizado da criança e que, “guloseimas” só de vez em quando ou no final de semana, com moderação e conscientização.
Ieda Heck Kochem




“A importância da chupeta e mamadeira”


O que fazer quando se torna necessário a substituição ou a total retirada dos bicos de mamadeira e chupetas das crianças?

Quando apegadas desde o nascimento, essa mudança pode gerar insegurança e estranhamento aos pequenos. Mas não só eles ficam apreensivos com o momento de abolir esse acessório de suas vidas. Os pais também entram em pânico para fazê-lo de modo que não causam traumas.

Segundo fonoaudiólogo Tailor e psicóloga Luciane, juntamente com a equipe da escola proferiram uma reunião de pais dos alunos do jardim A, explicando as causas e benefícios que trazem o uso da chupeta e mamadeira, principalmente a idade e momento certo de adotar ou tirar a mamadeira e chupeta. Em parceria com os pais, resolvemos trabalhar de uma forma mais amena, inicialmente a professora Daniela preparou a hora do conto, apresentando duas histórias uma de “Varal” e outra de “Fantoches” “Adeus Chupeta e Chupeta capeta” despertando o interesse e a curiosidade da turma envolvida, depois de ouvirem as histórias questionarem sobre o assunto esclarecendo as dúvidas e saber que chupeta e mamadeira são importantes sim, mas nos primeiros anos de vida e que depois de certa idade podem prejudicar a saúde e a aprendizagem , assim sendo, os alunos do jardim A concordaram em adotar a quarta-feira como o dia do “canudo” tomando seu leite na mamadeira mas utilizando o canudo e assim sucessivamente até conseguirem abolir totalmente com “chupeta e mamadeira”.

Ines Madalena Knuppe